terça-feira, 31 de março de 2009

A rosa dos sonhos...


Abri os olhos... Uma tênue faixa de luz desponta no horizonte e atravessa a janela que estava aberta, já à sua espera, iluminado fracamente o cômodo... Então, pude ver mais claramente... Ali, a apenas alguns atrevidos centímetros de mim, estava ela. Como era linda... Seus cabelos, de uma cor única e inominável, emolduravam sua face... Tão serena... Tão feliz... Lembrei de quanto tempo eu desejei ver essa cena... Ver sua cara amassada... Ver as suaves linhas de seu rosto, formando uma imagem tão harmônica que chega a ser perfeita... Seus cílios se tocando e entrelaçando... Seu nariz de proporções exatas... E seus lábios, que esboçam o sorriso proporcionado por um sonho bom... Tive ciúmes desse sonho. Queria que todos seus sorrisos fossem para mim... Será que poderia roubá-lo com um beijo? Não não poderia arriscar acordá-la. Então, me detive a admirar novamente seu corpo... E que corpo! Sem perceber, prendi a respiração por um instante... Sua pele, seu cheiro, suas curvas... Tudo na medida exata. E ela, perfeita, estava ali, a meu lado. E tão próxima... Seu cheiro invadia minhas narinas, me deixando tonto... Percebi que meu corpo estava reagindo à sua presença... Notei, não tão surpreso quanto deveria, que estava extremamente excitado... Então, sem que eu tenha feito um movimento sequer, ela abriu os olhos e sorriu pra mim. Que sorriso! Fiquei sem fôlego por um instante... "Bom dia!", foi o que ouvi. Ela, então deu-me um beijo tão apaixonado, que não resisti... Puxei-a para mais perto do meu corpo, queria que ela sentisse a urgência em possuí-la, no meu corpo. Seus braços, tão frágeis, envolveram-me pelo pescoço, e seus beijos me mostraram que ela sentia a mesma urgência que eu. Desejei dá-la um prazer nunca dantes experimentado... Queria fazê-la sentir-se como eu, quando ela sorri ou me beija, fazendo com que eu desejasse que o mundo acabasse naquele momento. Que eu poderia morrer de tanto prazer... Desvencilhei-me delicadamente de seu abraço e passei a beijar seu pescoço, seu colo, seus seios... Um sabor que nem o maná dos deuses tem... Deixei que minhas mãos fizessem o mesmo caminho que percorri com os lábios e pude sentir um leve tremor de seu corpo sob meus dedos, enquanto seus olhos se cerravam novamente... Então, continuei seguindo o caminho, que certamente me levaria ao paraíso... Gentilmente, afastei uma de suas pernas e pude sentir o toque aveludado de seu órgão, como uma rosa em botão... Toquei-a devagar e delicadamente, porém sem hesitar... Pude sentir suas pétalas, umedecidas pelo orvalho, se abrindo... Esperando... A textura da rosa era tão agradável, que desejei, também, sentir seu sabor... E quando meus lábios tocaram a superfície de suas pétalas, pude sentir o orvalho, ali presente... E tinha um sabor maravilhoso... Segurei-a firme, empenhada na tarefa de extrair dali todo o líquido que houvesse, como se minha vida dependesse disso. Senti o corpo de minha amada arqueando-se, sua respiração entrecortada, então previ o advento do momento mágico...
Depois do êxtase, seu corpo desfaleceu a meu lado, a respiração ainda ofegante... E disse-me com a voz carregada de desejo e de paixão: Eu te amo...!
Então acordei. Que felicidade!
E que decepção... Ninguém acreditaria, mas eu vi a sua rosa desabrochar...
É, sou apenas mais um que vai tentar voltar pro mesmo sonho...

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